quarta-feira, 10 de junho de 2009

HISTORIAS MUSICAIS 3 PERSONAGENS E O TANGO







HISTORIAS MUSICAIS

10/06/2009

21:00 hs


http://www.ufrgs.br/radio/


RADIO AM 1080


ROQUE ARAUJO VIANA

O rádio tem a cor da imaginação, que é a cor, pra mim, mais linda que existe, porque o ouvinte recria, cria suas próprias imagens conforme o que está ouvindo". A frase é de Roque Araújo Viana, apresentador de rádio, ator de cinema e radionovela e produtor musical. Nascido no dia 14 de agosto de 1927 em Montenegro, Roque Araújo Viana começou como ouvinte de clássicos do rádio, como o programa humorístico Serões da Dona Genorosa, que dava a impressão de uma família reunida ao redor de uma mesa de jantar, onde conversavam sobre qualquer assunto, tocavam violão e piano. Ouviam também emissoras rio-platenses (da Argentina e do Uruguai), que entravam facilmente no Rio Grande do Sul. As rádios El Mundo, de Buenos Aires, e Calle, de Montevidéu, motivaram Roque a projetar um futuro de sucesso para o tango e as músicas típicas do Cone Sul.
Em 1952, Roque Araújo Viana fazia teatro amador, quando um dia foi convidado pelo diretor Silva Filho para integrar o elenco de radioatores na rádio Itaí, onde permaneceu por dois anos. Em seguida, em 1954, a rádio Gaúcha convida Roque a integrar o elenco da novela Cuidado com o destino, em que tinha sempre o papel de galã, devido a sua entonação de voz. Anos mais tarde, já na televisão Gaúcha (década de 60), Roque estreou a peça A morte não marca o tempo. Curiosamente, o texto dessa dramatização televisiva trazia o mesmo texto da radionovela com a qual ele iniciou como radioator na Rádio Gaúcha. Ao longo de sua carreira nas radionovelas, atuaram com Roque diretores como Pepê Hornes, Walter Ferreira, que mais tarde foi para a Rádio Nacional (RJ), e radioatores como Leonor de Souza, Jana de Souza e Elmar Hugo.

ÁSTOR PANTALEÓN PIAZZOLLA

Mar del Plata, 11 de março de 1921 — Buenos Aires, 4 de julho de 1992 foi um bandeonista e compositor argentino.Compositor de tango mais importante da segunda metade do século XX, estudou harmonia e música erudita com a compositora e diretora de orquestra francesa Nadia Boulanger, que foi aluna de Sergei Rachmaninoff. Em sua juventude, tocou e realizou arranjos orquestrais para o bandoneonista, compositor e diretor Aníbal Troilo.Quando começou a fazer inovações no tango, no ritmo, no timbre e na harmonia, foi muito criticado pelos tocadores de tango mais antigos.
Ao voltar de Nova Iorque, Piazzolla já mostrava a forte influência do Jazz em sua música, estabelecendo então uma nova linguagem, seguida até hoje. Quando os mais ortodoxos, durante a década de 60, bradaram que a música dele não era de fato tango, Piazzolla respondia-lhes que era música contemporânea de Buenos Aires. Para seus seguidores e apreciadores, essa música certamente representava melhor a imagem da metrópole argentina.
Piazzola deixou uma discografia invejável, tendo gravado com Gary Burton, Tom Jobim, entre outros músicos que o acompanharam, como o também notável violinista Fernando Suarez Paz. Algumas de suas composições mais famosas são Libertango e Adiós Nonino. Libertango é uma das mais conhecidas, sendo que esta e constantemente tocada por diversas orquestras de todo o mundo.
A canção Adiós Nonino, outra das mais conhecidas composições, foi feita em homenagem a seu pai, quando este estava no leito de morte, Vicente “Nonino” Piazzolla em 1959. Após vinte anos, Astor Piazzola diria “Talvez eu estivesse rodeado de anjos. Foi a mais bela melodia que escrevi e não sei se alguma vez farei melhor.” Por muito tempo recusou escrever ou encaixar textos a sua grande obra-prima, porém, aceitou a proposta da cantora argentina Eladia Blásquez que lhe apresentou um poema que havia escrito soba a versão musical, e ele, comovido, concordou. Insta consignar que Eladia renunciou qualquer direito autoral, enaltecendo ainda mais a grande obra do tango.

YO-YO MA

Nasceu na França numa família de origem chinesa com forte influência musical. Sua mãe, Marina Lu, era cantora, e seu pai, Hiao-Tsiun Ma, era maestro e compositor. Ma começou estudando violino e depois viola, antes de se interessar pelo violoncelo, instrumento que começou a manipular aos quatro anos de idade, com seu pai. Depois de um primeiro concerto em Paris, aos seis anos de idade, a família de Ma se muda para Nova York.
Ma era uma criança prodígio, tendo aparecido na televisão norte-americanda com oito anos de idade, em um concerto conduzido por Leonard Bernstein. Ele entrou para a Juilliard School (na qual tinha aulas com Leonard Rose), e passou um semestre estudando na Universidade de Columbia antes de se matricular na Universidade de Harvard, mas se questionava sobre se valeria a pena continuar a estudar até que, nos anos 70, o estilo de Pablo Casals o inspirou.
Retorna à França para tocar com a Orquestra Nacional da França e com a Orquestra de Paris, sob a direção de Myung-Whun Chung.
Já desde sua infância e adolescência, Ma possuia uma fama bastante estável e havia tocado com algumas das melhores orquestras do mundo. Suas gravações e interpretações das Suites para violoncelo solo de Johann Sebastian Bach são particularmente aclamadas.
Yo-Yo Ma é habitualmente citado pela crítica como o "o mais omnívoro de todos os cellistas" e de fato possui um repertorio muito mais eclético do que é esperado para um instrumentista erudito.
Ma já apresentou e gravou um sem-número de peças de música barroca e de outras escolas da música clássica, em instrumentos de época ou modernos. Compõem também seu repertório peças de música tradicional e popular, como por exemplo a trilha sonora do filme O tigre e o dragão. Tangos argentinos de Astor Piazzola, música brasileira, e a partitura minimalista de Philip Glass para Naqoyqatsi.
Seu último disco (As of 2006) é o resultado da colaboração de Ma com vários outros músicos, para a trilha sonora do filme Memórias de uma Gueixa.
Yo-Yo Ma habitualmente se mostrou aberto a formas musicais distintas da música erudita e clássica, como o jazz e o tango. Além disso, também costuma incorporar a seus trabalhos formas de musicalidade tradicionais e primitivas, quando, por exemplo, toca com membros do povo das savanas do Kalahari na África.
Ma também patrocinou os primeiros anos da Orquestra East-Western Divan (fundada por ele e Edward Said), orquestra árabe-israelense dirigida por Daniel Barenboim (cujo nome divan, em árabe quer dizer encontro).

NOSSA HOMENAGEM A ROQUE ARAUJO VIANA
EQUIPE HM

GERALDO COSTA
GUTOVILLANOVA
CLEBER MENDES

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